A escritora e comunicadora mineira Cris Pàz assinou Cris Guerra por 52 anos. Em 2022, decidiu se rebatizar. “Mas você está mesmo decidida?”, perguntou uma amiga. O que para os outros pareceu de repente, para Cris já era ideia madura. O novo nome é expressão e resultado de uma construção que vem sendo feita há algum tempo. Com o sobrenome Guerra, Cris percorreu 34 anos no meio publicitário, 17 deles na internet. Sua Guerra ganhou plateia, a capa de oito livros e a assinatura de centenas, talvez milhares de conteúdos, feitos por uma Cris sempre pronta para a batalha. 

Nomes e palavras contam muito sobre nós. Quando nascemos, os que estão à nossa volta parecem nos dizer quem somos. E de tanto ouvir quem nos define, passamos a acreditar que é nossa a identidade que cravaram para nós. Mas somos nós os donos da nossa história — ou pelo menos deveríamos ser. Entender quem somos demanda uma gestação — a primeira de muitas — em uma vida que não para de se transformar. 

Em sua nova palestra, Cris reflete sobre os renascimentos que fazemos ao longo da vida. Alguns motivados por perdas e fracassos e outros, pelos novos paradigmas de um mundo cada vez mais acelerado. Com bom humor e autenticidade, Cris traz um pouco de sua história pessoal, que resultou numa transição de carreira aos 40 anos, além de reflexões de seu último livro “Fundo do Poço, o lugar mais visitado do mundo”, um manifesto em busca de espaço no mundo para lidar com nossas dores, em lugar de fugir delas. Foi expressando suas maiores dores que Cris escreveu seus dois primeiros livros, ambos best-sellers. E descobriu novas mulheres dentro de si. Não parou mais de renascer — alguém para? 

Em Certidão de Renascimento, Cris traz novos capítulos decisivos, jogando luz sobre a chegada dos 50 anos e as novas formas de pensar e encarar uma das grandes transformações do Século XXI, que é a longevidade. Uma verdadeira inovação, ainda vista por lentes desatualizadas e carregadas de estigmas, mas capaz de impulsionar novas gestações e renascimentos. 

“Prepare-se para não estar preparado”, é o que a vida nos ensina dia a dia. Movimento e impermanência correm nas veias do existir. Num dia um ciclo termina, em outro um personagem é tirado de cena. Que outra palavra é constante senão a mudança? Será que um dia a gente para de renascer?